sábado, 2 de abril de 2011

Perigo na ESTRADA - o retrato do descaso

Descaso. Esta é a palavra para definir as péssimas condições de trafegabilidade da RO 010 que se agravam ainda mais com a intensificação das chuvas. Um problema que aconteceu em 2010 e se repete em 2011 pela falta de medidas eficazes pelos devidos órgãos responsáveis. Verdadeiras crateras que obrigam motoristas a fazer manobras arriscadas colocando suas vidas e de outras pessoas em perigo por conta do aumento de possibilidades de provocarem acidentes graves.
No ano passado, o governo estadual chegou a fazer o chamado “tapa buraco”, medida econômica mais viável, porém ineficiente face ao pesado tráfego de veículos no local, uma vez que a RO 010 é responsável pela interligação de cinco município da Zona da Mata com a região do Vale do Guaporé, começando por São Miguel do Guaporé, fazendo a interligação com a BR 429 até a cidade fronteiriça de Costa Marques na divisa com a Bolívia. Pela rodovia circula um grande número de carretas bitrens que escoam a produção de carne de um frigorífico de São Miguel e também da maior parte da produção pecuária e agrícola dos municípios que compõe o Vale do Guaporé.
Além do alto risco de acidentes devido aos buracos, há ainda o inconveniente dos prejuízos causados por eles aos proprietários de carretas, ônibus que transportam alunos para as faculdades de Rolim de Moura, e também a proprietários de automóveis particulares que em grande parte mantém
Vicinais bloqueadas e vias urbanas intransitáveis
Não é apenas nas rodovias que a situação é caótica. Na zona rural, várias estradas vicinais estão intrafegáveis, atoleiros por falta de escoamento de água, valetas enormes, pontes inteiras levadas e comunidades isoladas em algumas regiões.
A recuperação das vias até acontece no período da seca, porém com bueiros inadequados, pontes de travessões e bate estacas sem resistência que são levados logo nos primeiros temporais do período chuvoso. O problema prejudica a economia como o transporte de leite, cereais e a pecuária. As aulas também são diretamente afetadas e muitas escolas precisam suspender as atividades.
Na cidade não é diferente, ruas intransitáveis, alagamentos e buracos agravados pela falta de saneamento básico, inclui ai asfalto, coleta de lixo adequada, galerias e rede de esgoto, obrigam os governos a jogar na lama milhões de recursos que poderiam ser investidos de forma eficiente por meio de um plano de trabalho e de investimentos para resolver definitivamente o problema.
O X da questão está na falta de vontade política capaz de mudar a origem desta conjuntura. As medidas tomadas são paliativas por ausência de projetos eficientes. Isto acontece porque iniciativas eficazes normalmente contrariam interesse políticos eleitoreiros porque poriam fim em alguns programas clientelistas mantidos para colocarem os prefeitos “nas mãos” de parlamentares e governadores. A exemplo do Fita, que repassa ajuda financeira aos municípios para recuperação das estradas vicinais anualmente, sempre em nome de algum deputado estadual para fazer a politicagem.
Assim ninguém se movimenta para implementar uma solução para esta problemática, que requer um plano de investimento e um cronograma de execução financeira a médio e a longo prazo. Enquanto isso não acontece, o dinheiro do contribuinte que paga uma das maiores cargas tributária do planeta é levado pela enxurrada todos os anos e a falta de madeiras pra refazer as pontes já é mais um obstáculo enfrentado pelos prefeitos.

Trechos praticamente intrafegáveis
Um dos pontos mais críticos que chegava a parar o trânsito quando havia tráfego simultâneo nos dois sentidos, localizado logo após a linha 09, praticamente na entrada de Nova Brasilândia, recebeu atenção logo após a nossa equipe de reportagem ter sido vista fotografando o local para esta reportagem. A medida foi tomada pela Secretaria Municipal de Obras do município jogando algumas caçambas de terra e amenizando o problema. Uma iniciativa plausível, mas praticamente insignificante em relação a extensão do trecho deteriorado que atinge cerca de 70 % com pontos críticos e perigosos. Suspensão, feixes de molas, bandejas, barra de direção e tantas outras peças são constantemente avariadas e fazem a alegria das oficinas mecânicas, que por conta dos estragos faturam alto.
Na data da reportagem, uma moto com carreta engatada que transportava lenha para a cidade, não resistiu ao impacto da buraqueira e tombou. Por vários minutos filmamos a labuta do motoqueiro pra retirar o material do meio da rodovia, ocasionanado a interrupção parcial do tráfego e aumentando ainda mais o perigo de acidentes.
Um morador da linha 38, que não quis se identificar fez um apelo ao governador do estado Confúcio Moura e ao chefe do DER estadual para que tomem as medidas necessárias e promovam na rodovia uma operação tapa buracos em regime de urgência, visando amenizar os prejuízos e evitar que vidas sejam ceifadas em acidentes de trânsito.
Nota da redação - De acordo com informações veiculadas pela assessoria de imprensa o DER fez economia de milhões com redução com telefones funcionais e outras despesas operacionais. Agora o que o povo quer mesmo, é que o governo use o bom senso, procurando priorizar as questões emergenciais e assim ver estas economias refletindo em melhorias à população rondoniense.

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