sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Piscicultura cresce em Rondônia e já exporta produção

As potencialidades naturais de Rondônia demarcada por solo rico e água em abundância faz do estado grande produtor de alimentos. O emprego de novas tecnologivem impulsionando o agronegócio e ampliando a capacidade e diversificação produtiva rural. Estes fatores têm impactado fortemente o crescimento da piscicultura no estado e já ocupa lugar de destaque no ranking nacional. A produção de pintado, jundiá e tambaqui e do pirarucu em cativeiro, espécies típicas da Amazônia vem consolidar a posição de Rondônia no ranking produtivo, contribuindo também para tornar o Estado ambientalmente sustentável. Na área de produção de pirarucu em cativeiro, o município de Pimenta Bueno está colocando o Estado de Rondônia como o maior produtor desta espécie na região norte do País. Somente na safra de 2012 estarão à disposição dos produtores rurais 50 mil alevinos de pirarucu rastreados e com georreferenciamento, cumprindo o que determina a legislação, e, após um ano; pesando acima de 14 quilos poderão ser comercializados. Mercados como França, Alemanha e Japão são potencias mercados para exportação do pirarucu; maior peixe encontrado em rios e lagos do Brasil, chegando a atingir três metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos. Com sabor característico e carne de textura firme, o pirarucu é considerado o “bacalhau da Amazônia”.
Em entrevista ao Correio de Rondônia, o diretor de Pesquisa da Mar e Terra, empresa especializada na comercialização de peixes para o exterior, já = instalada em Pimenta Bueno, Thiago Tetsuo Ushizima, disse que o potencial de água e clima de Rondônia são favoráveis e pode render bons lucros ao pequeno produtor rural. Thiago Tetsuo, explica que o produtor tem duas opções para faturar com o pirarucu, pode ser através da engorda e também com a produção de alevinos. “Se o produtor tem um casal de pirarucu ele pode faturar até R$ 50 mil por ano. Claro que isso vai variar em virtude de alguns cuidados e critérios que devem ser obedecidos no período de desova, coomo também é imprescindível fazer o seu cadastramento como matriz para depois fazer o rastreamento dos filhotes”, salienta. Ele explica que os pirarucus em cativeiro desovam de 3 a 4 vezes por ano, cerca de cinco a sete mil alevinos por vez. Quando firmada a parceria, a empresa Mar e Terra adquiri a desova, dá o tratamento adequado em laboratório, e depois repassa aos produtores com o microchip para rastreamento pelo Ibama. “No caso de engorda, o produtor paga uma parte na entrega dos alevinos; aoutra parcela é paga na época da comercialização, de forma que os nossos parceiros tem a venda garantida no final do período do contrato”, acentua. Outra facilidade, acrescenta ele é que a empresa disponibiliza assistência técnica gratuita inloco de uma a duas vezes por mês para orientação e acompanhamento do processo produtivo ideal para a comercialização além de fazer orientar o produtor no procedimento do cadastro eletrônico por meio de microchips. Tambaqui - Outra espécie que já esta sendo produzida para mercado externo é o tambaqui. Somente um produtor da região central e centro-sul do Estado produz cerca de 8 mil quilos semanalmente e são vendidos a empresa Mar e Terra. O produto segue segue para base de processamento no município de Itaporã, em Mato Grosso do Sul. Lá os tambaquis rondonienses são preparados em cortes especiais, principalmente as “ventrechas” (costelinhas), que são exportadas e muito apreciadas pelos europeus. Para se ter uma ideia aproximada do potencial piscoso de Rondônia, só no município de Pimenta Bueno, um produtor rural  Pedro Megumi Yoko Yamia, tem previsão de produzir 10 milhões de alevinos de tambaquis nesta safra de 2012. De acordo a secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri), a região do grande Ariquemes, onde concentra um elevado número de produtores de pescado, “produz entre 10 e 11 milhões de alevinos por ano”.  Só nestas duas regiões são produzidos por ano mais de 20 milhões de filhotinhos de tambaquis, durante o período de 14 meses criados e alimentados em cativeiros estarão pesando entre um quilo e meio a dois quilos, vivo, no ponto de ser comercializados para o abate. O sistema de parceria entre produtores de alevinos e pequenos produtores rurais, incrementado pela compra e venda do pescado que vem apresentando excelentes resultados. Exportação do pirarucu - A liberação do Pirarucu produzido em cativeiro foi liberada pelo governo federal no ano passado. A autorização só vale inicialmente para o estado de Rondônia, onde sedia o projeto piloto. Pela instrução normativa os peixes deverão ser cadastrados eletronicamente por meio de microchips. De acordo com o diretor de Pesquisa da Mar e Terra, o processo ainda aguarda alguns ajustes dos órgãos responsáveis pelo controle, por isso a exportação do pirarucu ainda não vem acontecendo, mas tudo é uma questão de tempo. “Mas estamos cumprindo todas as normas, e orientando o produtor acerca dos procedimentos, com garantia de compra de toda a produção, seja para o mercado interno ou externo”, afirmou. A instrução normativa estabelece critérios para o cadastramento de reprodutores de pirarucu em Rondônia. O objetivo é criar um “Marco Zero” no cultivo da espécie. Com isso os lotes de reprodutores, com identidade genética registrada em microchip eletrônico, vão gerar alevinos que possam ser rastreados e ter sua origem autenticada. A autorização esta restrita apenas os peixes provenientes da aquicultura por produtores autorizados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e pelo Ibama. A comercialização do peixe capturado nos rios continuará sujeita a outras normas. O produtor que tiver interesse em comercializar o peixe criado em cativeiro deve requerer, junto ao Ministério da Pesca e Ibama, uma vistoria em sua propriedade. Nesta visita serão cadastradas suas matrizes, destacando as principais características dos animais, dados que serão registrados no microchip, o que proporcionará ao produtor maior facilidade para exportar o produto. Confúcio Moura incentiva piscicultura Apostando no potencial do setor, o governador Confùcio Moura lançou no ano passado, o programa Águas Produtiva voltado ao incentivo da piscicultura, como fonte a mais de renda do produtor rural e pretende contemplar todos os municípios do estado. Desenvolvidopela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, cada produtor selecionado recebe um tanque de um hectare de lâmina d’água. Segundo o secretário Edson Vicente, num tanque com esta dimensão é possível produzir 10 mil quilos de peixe, que comercializado a um preço de R$ 5, vai render R$ 50 mil. Como os gastos com a alimentação do peixe (ração) deve oscilar em torno da metade deste valor, o produtor teria, então, em apenas um hectare de lâmina d’água uma renda de R$ 25 mil anuais, ou R$ 2 mil mensais de renda extra, fora  o que já produz normalmente na agricultura, no leite, etc. Segundo o governo, o estado possui cerca de mil piscicultores e uma produção de 12 mil toneladas, é já é um os maiores produtores de peixe da Amazônia. A meta é chegar a nove mil piscicultores e uma produção de 80 mil toneladas até 2014.

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