sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Chuvas insuficientes comprometem safra 2011

A safra de café para o ano vindouro está comprometida e deve ser menor do que a de 2010 que fecha com a maior safra da história, permanecendo como maior produtor de café da região norte, garantindo ainda o 4º lugar na produção do ranking nacional, ficando atrás somente dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, de acordo com informações da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater).
Já na produção do conilon (Coffea canephora), a mais cultivada por melhor se adaptar às condições ecológicas de Rondônia, safra “elevou o Estado à categoria de segundo maior produtor dessa variedade no País”.
Mas estas posições privilegiadas no ranking da cafeicultura estão ameaçadas, de acordo com agricultores e empresários do ramos de compra e venda. Segundo ele estas colocações em detrimento do potencial produtivo do estado ainda é baixa. O motivo, é, entre outros fatores, poda inadequada, as altas temperaturas registradas no período de floração, acrescidos e falta de análise do solo e pouca utilização de tecnologias e insumos pelo produtor.
Problema agravado em 2010 pela insuficiência de chuvas na ocasião da flora. Fator que pode provocar a redução na colheita de 2011. “Sem a quantidade de água necessária grande parte das plantações de café não vingou e deve representar uma queda substancial na produção”, comenta um cafeicultor.
No Estado, as maiores produções estão nos municípios de Cacoal, São Miguel do Guaporé, Alta Floresta do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste, Alto Paraíso e Ministro Andreazza que, juntos, respondem por metade da produção estadual. Estas regiões foram duramente castigadas com a falta de chuvas. Desfavorecimento da natureza que poderia ser amenizado com a irrigação das lavouras. Recurso pouco utilizado na região. Os agricultores reclamam que faltam programas de incentivo para área de cafeicultura.
A maioria dos cafeicultores entrevistados por nossa reportagem admite que os bancos até dispõem de linhas de créditos para fomentar o setor, mas dois agravantes dificultam a aplicação deste processo.
No geral, falta ainda campanha de esclarecimento e informação direta ao agricultor para ajudá-lo a compreender as vantagens em relação aos riscos e o excesso de burocracia e exigência que acabam desestimulando e até fazendo o pequeno produtor a desistir de pleitear um financiamento e até mesmo substituir lavouras de café por outras agriculturas. de menor riscos de mercado.


Efeitos colaterais

Como o café é a cultura de maior expressão socioeconômica do estado com a participação de 35 mil agricultores, de acordo coma Emater, esta previsão pode estender ainda mais as suas consequencias. Na avaliação de Rudimar, se esta redução da safra acontecer de forma isolada, provavelmente ela influenciará na cotação do café que está ligado a outros fatores do mercado, mas por outro lado deverá atingir o bolso do pequeno produtor com uma colheita menor.
Em conseqüência disso, o comércio local deve sofrer o reflexo desta queda no segundo semestre do próximo ano. Com menos dinheiro circulando no mercado, obviamente a economia fica desestimulada e a tendência é queda nas vendas.

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